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Mostrando postagens de março, 2017

"ATREVIMENTO"

A noite era  fria quando a saudade chegou. Pagou de atrevida, nem se apresentou... Mas não precisava, seu rosto eu lembrava de outro desamor.                  Fabyo Kock.

"PRA FALAR DE AMOR"

Que tenha a manhã perfume de flor. Que tenha os meus dias traços dos seus. Posto que sei: se mais falo de amor, já não mais há surpresa, mais falo de Deus.                        Fabyo Kock.

"QUANTA COISA TEM"

Quanta coisa tem com potencial de nos tirar a calma... Quanta coisa tem com potencial para turvar a alma... Quanta coisa tem que nos provoca espanto, desalento, desencanto... Quanta coisa tem que nos convoca o pranto, sofrimento, e tanto e tanto... Quanta coisa tem...                          Fabyo Kock.

"NÃO RIA"

Não ria do riso forçado, da cara amarrada, do olhar turvado, da trilha embaraçada, do peito dormente, da alma que sente, da dor de estar só... Do pranto baixinho, da ave sem ninho, Do infortúnio sem dó... Dos pés descalços, dos passos em falso, da sofreguidão... Da impaciência, da pouca aderência, do sim e do não... Da falta de brio, do horizonte vazio, da sensibilidade... Do sonho esguio, da noite de frio, perdoe a saudade... Perdoe a agonia, o sarcasmo, o furor... Se esforce, não ria de quem sofre de amor.                     Fabyo Kock.

"POESIA"

A poesia é catarse, é sol  que afugenta a noite. É rosto exposto, por vezes, disfarce. É mão macia, mas também açoite... A poesia é sentida, mas também sente... A poesia é viva, a poesia é vida, a poesia é gente como a gente... É grito de socorro. É declaração de amor. É imprevisto, é improviso, é lampejo de riso, é porção de dor. Ora se expõe, ora se impõe. É encontro, é desencontro, é alma nua, é alma armada, ora flutua, ora naufraga, ora nada... É abraço, é beijo, é enlace, é choro com soluço, é desencanto, é impasse. É fantasia, é dia a dia. É poesia. É catarse.                       Fabyo Kock.