Meu vazio já não se preenche nas ruas
com amores tolos e vãos,
nem com mil beijos mal dados,
nem com o toque displicente das mãos...
Carrego volúpia, carrego desejo,
mas nada me agrada
no que posso ver.
Nada mais vejo que não seja miragem,
a mais fluida imagem do que já foi prazer...
Meu vazio é poço sem fundo,
é abismo, é enorme assim...
É cratera no peito, são amores desfeitos...
E mais um pouco...
Só mais um pouco...
Meu vazio é excesso, excesso de mim.
Fabyo Kock.
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